sexta-feira, 23 de outubro de 2009

A resposta da natureza

Para variar, ando sumida do meu querido blog. Desculpas é que não me faltam: muito trabalho, inúmeras viagens e pouca inspiração... Hoje, no entanto, recebi um email da minha amiga Heloisa contando uma história que me fez quebrar esse jejum, até porque trata de um tema que tem me preocupado muito, principalmente porque eu sonho em ter netos.

A natureza tem se rebelado contra as maldades humanas com tal frequência que já virou rotina assistirmos, muitas vezes ao vivo e a cores, cenas de chuvas torrenciais, tornados, tsunamis pelos quatro cantos do mundo. Milhares de pessoas vêem suas casas ir por água abaixo, famílias inteiras destruídas. O que será das novas gerações? E os meus netos?



Bem, aí um persistente ipê resolve mostrar que é brasileiro e não desiste nunca e, mais ainda, que pode haver luz no fim do túnel. O caso aconteceu em Porto Velho, capital de Rondônia. Cortaram a árvore, transformaram-na em poste, ligaram à rede elétrica... E ela, de teimosa que é, quis mostrar que é mais forte. Olha que lindeza!!!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Abraços e beijos

A romaria na minha sala foi grande. A primeira a aparecer foi a Lea...


Depois vieram as minhas meninas, Bia e Indiara...


A Roseley, o Plínio...



e a Elisa...


O Pio, o Márcio com a Andrea



E a Favillinha, que me trouxe uma bolsa linda...


A Etel, tão querida, foi a fotógrafa por um dia...


Auxiliada pela sua irmã Margarida, que me ensinou o caminho das pedras para repassar essas imagens...


Teve ainda o Marcelo, da Agência Sebrae de Notícias...


E um almoço bem gostoso com a minha filhota querida e as 'sobrinhas', Bia, Indiara e Juliana, amiga da Lua.



Não é para gostar de aniversário???

Quem sabe sabe


Nada como conhecer a tecnologia... Eu estava triste por não conseguir copiar minhas fotos para o computador até que a Margarida, irmã da Etel, minha querida colega e companheira aqui no Sebrae, me ensinou a colocar o cartão da máquina direto no computador... Simples assim.

Olha como minha mesa de trabalho ficou repleta de flores! E eu não sai do telefone... Uma delícia receber tanto carinho.

Setembro é tudo de bom!


Adoro o mês de setembro. Eu nasci num sábado ensolarado, segundo a minha mãe, às 4 da tarde. O dia era 17 de setembro e o ano, bem, o ano não vem ao caso... Gostei do mês do meu nascimento de cara. Acho o nome sonoro e, além de tudo, é quando começa a primavera no hemisfério sul... Mesmo não tendo as estações tão pronunciadas, o mês de setembro vem sempre acompanhado de um escândalo de flores e cores. O meu jardim particular está lindo, todas as minhas orquídeas floriram este ano e eu acho um bom presságio para os próximos 12 meses. E eu já ganhei três vasos de flores para comemorar meu aniversário. Lea Lagares, colega aqui do Sebrae e que foi coordenadora da carteira de floricultura, foi a primeira a me presentear. Depois chegaram a Indiara e a Bia com um lindo arranjo de rosas e sempre-vivas, brancas e amarelas. Depois recebi da Maysa, gracinha, responsável pelo Departamento Administrativo da Informe, um lindo vaso de girassóis, que me fez lembrar da amiga Silvinha, por ser a flor predileta dela. Já fotografei tudo, só que esqueci de trazer o cabo da máquina para passar as fotos para o computador. Fica para amanhã... Adoro aniversário!!!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Biblio Aventuras


Luísa, filha da Ceres, aluna do 7º período de Biblioteconomia na UnB, está estudando este semestre no Canadá. Para manter a mamãe, familiares e amigos bem informados sobre o seu dia a dia em terras tão distantes criou o Biblio Aventuras, um blog danado de simpático.

Luísa dá detalhes dos seus passeios, aulas e amigos que vai conhecendo. A Ceres passou lá algumas semanas com a filhota e tudo o que fizeram está muito bem documentado. Adorei! Vou virar 'freguesa'. Beijo grande Lulu, saudades de você.

Para quem quiser dar uma olhada, vai o link: http://biblio-aventuras.blogspot.com/

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Felicidade é o saldo

Recebi o texto abaixo da minha amiga Ceres. Ela leu na internet e resolveu dividir com os amigos. Realmente, foi uma grande sacada da autora, Laura H.



"Hoje acordei com muita vontade de escrever. Não que eu não tenha essa vontade diária, que eu tenho, mas hoje decidi que escrever aqui seria uma prioridade do dia.

Estava estressada esses últimos tempos, tensa, cheia de preocupações. De TPM. E pensando, como que eu posso ser feliz para sempre, se estou essa pilha de nervos? Porque eu sempre achei que existia feliz para sempre.

Ai, hoje, tive que passar no caixa eletrônico do banco e me vieram duas opções. Saldo ou extrato. Tirei o extrato, mas fiquei pensando.

A vida é o extrato. Felicidade é o saldo.

E eu fiquei pensando nisso. Será que a gente precisa mesmo se ater a todos os débitos? Será que precisa ficar revendo tudo o que saiu da nossa conta de alegria? De contentamento? Ou será que o que interessa é só o que está lá, na conta, disponível, agora?

Acho que, às vezes, pode ser necessário (ainda que doloroso) ver o extrato: na conta corrente de nosso "todo dia" haverá sempre pequenos (grandes ou médios) aborrecimentos e haverá sempre pequenas (grandes ou médias) alegrias e satisfações, compensando umas e outras é bom que se tenha felicidade no fim, mas é importante saber por onde estão escoando nossos créditos. Ou, ainda, porque estamos com tão poucos créditos recentemente...vai saber...

É importante também aprender: do mesmo jeito que uma bolsa não valia o seu salário do mês, aquela briga quando sua irmã pegou seu sapato não poderia ter gerado uma tristeza tão grande.

Só que, hoje, estou mais interessada no saldo. E mesmo que entre no cheque especial, recorrendo a quem quer que possa me emprestar um pouquinho, mesmo que alguém vá me cobrar juros e correção monetária (e se tem uma coisa que é bom devolver com juros e correção monetária, é alegria), mesmo que eu tenha que parcelar essa felicidade em quatro vezes com juros, eu quero ser feliz, no saldo de todo dia, até que esse todo dia seja o meu para sempre."

Um enorme coração

Metzker voltou a brindar os amigos com textos de rara inspiração. Este de hoje faço questão de publicar aqui no blog...

PNEUS CHIANDO NA CHUVA

@ Márcio Metzker

D. Hermínia de Águas Formosas

Estava passando de moto perto da Rodoviária debaixo da chuvinha fina e enjoada de uma manhã fria deste final de agosto. Ao parar num sinal vermelho, vi uma senhora sentada num murinho de pedra. Lenço na cabeça mal cobrindo a carapinha grisalha, era tão negra que chegava a ter reflexos azulados. Não tinha no rosto expressão de tragédia, nem de desilusão. Apenas olhava para longe com os olhos enevoados por alguma saudade indefinida. Mas estava descalça, e seus pés gretados úmidos na chuva me pareceram gelados e me encheram de compaixão.

Olhei para meus próprios pés dentro de meias esportivas de algodão e protegidos por grossas botas de couro. O sinal abriu e tive que sair, mas estacionei minha moto no pátio da Rodoviária e voltei a pé. Os pneus dos táxis chiavam no asfalto molhado. Ela estava no mesmo lugar. Me lembrava D. Hermínia, a camelô centenária de Águas Formosas. Aproximei-me devagar, encostei ao lado e perguntei se aceitaria um par de sandálias. Ela só balançou a cabeça que sim. Eu a convidei para ir comigo ao Epa, ali perto. Acompanhou-me em silêncio, mas disse que não podia entrar.

“Eu sou mendinga”, explicou. “Mas hoje a senhora é freguesa”, argumentei. Ainda assim recusou. Disse que já tinha aprontado lá dentro e os seguranças estavam de olho. “Eu panhei umas salsichas e saí mordendo”, resolveu contar, sorrindo, depois de certa hesitação. Achei que seria excessivo da minha parte oferecer pagamento pelas salsichas digeridas, só para que permitissem sua entrada.

Fui até o stand das havaianas e trouxe três modelos. Ela calçava apenas 36, e escolheu uma Ipanema branca de florzinhas azuis. Fui lá pagar, ajoelhei-me diante dela, tirei as etiquetas e presilhas e calcei seus maltratados pés. Quando me levantei, sua cara era de simples alegria. Não agradeceu com a boca, mas com o olhar. Não tirei foto com o celular, nem perguntei seu nome, sua idade, suas dores. Apenas lhe estendi a mão e saí de lá com a alma leve e o coração embrulhado para presente.