quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Está chegando a hora!



Há mais de oito anos não vou a Lisboa. Nossa, tenho muitas saudades daquela cidade que foi minha por tanto tempo.



Eu me lembro que logo que cheguei lá andava pelas ruas e por mais que procurasse não encontrava um rosto conhecido. Isso me dava uma certa angústia, pensar que estava sozinha numa terra que não conhecia ninguém.




Seis anos depois, eu já trabalhava na RTP (Radiotelevisão Portuguesa), estava indo almoçar com alguns colegas e caminhava pela Avenida 5 de Outubro, onde é a sede da TV. Entre dois ou três quarteirões eu cumprimentei várias pessoas e me senti tão bem, estava em casa.


Pois é, quero passear muuuuito por Lisboa. Rever uns recantos que me trazem tão boas lembranças (o bom é que a gente só se lembra das coisas boas), tentar reencontrar os amigos, comer e beber como só se come e bebe em Portugal, enfim, matar as saudades.



Amanhã eu embarco e vou com o coração cheio de expectativas. Depois vou conhecer a Itália, mas isso é uma outra conversa. Por enquanto, só quero pensar na terrinha...

Silvinha vai casar!


E eu nem estou em Belo Horizonte para testemunhar... A cerimônia vai ser nesta quinta, 12 de fevereiro, mas segundo ela será simples, mas mesmo assim é imperdoável eu não comparecer.

Desde que nos conhecemos (ela me proíbe de dizer há quanto tempo), temos acompanhado os principais fatos das nossas vidas. Mesmo eu vivendo esta vida de muitas mudanças, de ir e vir de lá pra cá, mesmo sumida de BH, mesmo assim. Estivemos sempre próximas, como estamos hoje, aliás, mas eu queria estar lá...


Queria vê-la assinando a papelada, ‘fazendo as pazes com a lei’, como ela mesmo denominou o evento, brindando a felicidade dos Neguinhos. É assim que eles se chamam carinhosamente, a Silvinha e o Ricardo, que para mim será sempre Spock, pois foi assim que o conheci nos idos de...



Parabéns Neguinhos! Que vocês continuem felizes e fazendo a gente acreditar que o amor é lindo e possível.

Queria ter outras fotos para mostrar a alegria do casal, mas só encontrei essas, no site do Colégio Estadual, que qualquer dia vai merecer um post.

Neste dia, era maio de 2005, os ex-alunos se encontraram para matar as saudades. Temos aí a Silvinha e o Spock, a Coca, que é outra grande amiga, a Denise e a farra de quem tinha muitas histórias para contar. Um beijo grande no coração dos noivos.


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Marcelo, meu ídolo!



Todas as blogueiras da Agência Sebrae de Notícias vão falar sobre o mesmo assunto, mas o Marcelo Araújo é mesmo DEMAIS!!! Boa gente, bom repórter e, além de tudo, perseverante nos seus projetos.



Há algum tempo ele vem batalhando para lançar o seu livro de contos de terror. Ontem, foi a grande noite e foi uma delícia. Ver o Marcelo autografando, encontrar os amigos, foi mesmo muito bom. Marcelo teve direito a página inteira no Jornal de Brasília, nota no Correio e cobertura de uma TV Web em sua noite de autógrafos. Chique no último!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Hora de relaxar 2


Dia desses achei na internet um joguinho de computador que conheci em Portugal, quando trabalhava na Revista Sábado, e tinha uma boa colega e amiga Célia Rosa. Ela é uma jornalista alentejana de ‘pêlo nas ventas’. Fazia uma entrevista com maestria tal que dava gosto acompanhar de orelhada, só para ouvir como ela ia apertando o entrevistado. No fim, contra a parede, a ele só restava confessar.

Célia é um pouco mais nova que eu, uns três ou quatro anos, não sei ao certo. Andávamos sempre juntas para almoçar, tomar café, fugir no meio da tarde. Não raro, o Alfredo (que depois se tornou meu marido) se juntava a nós, mas só depois de ter todas as tarefas bem adiantadas.

Trabalhávamos numa revista semanal e o dia de entrega era quarta. Quinta para coisas muitíssimo importantes e sexta só se o presidente caísse... Sexta era dia de ficar à toa. Tinha reunião de pauta na hora do almoço e depois todo mundo sumia...

Eu e a Celia batíamos perna em Lisboa, fazíamos comprinhas, enfim, uma farra. O Alfredo adiantava toda a pauta, escrevia o que sabia sobre o tema e ria de nós duas na quarta, quando ele já estava folgado e nós nos matando para fechar as matérias.

Aí, eu e a Célia descobrimos o PACMAN. Naquela época, ele era em preto e branco; nós trabalhávamos no computador com o DOS e não existia nada parecido com o Windows.

Eu e a Célia adorávamos o tal joguinho. Fazíamos vários campeonatos e deixávamos o serviço todo para a última hora, como sempre...

Pois bem, achei o tal joguinho lindinho, colorido, mas eu nem chego perto das estripulias que fazia naquele tempo.

Me deu saudade dos quatro anos que passei na Revista. Ali fiquei grávida, tive a Lua, separei do Fumaça, fui morar com o Alfredo. Ali me tornei especialista em Saúde; não havia escândalo em hospital que eu desse um furo. Um editor gostou das histórias de vida que eu contava e fiz uns trabalhos muito interessantes, acompanhando ciganos, pescadores artesanais, crianças com deficiências mentais e neurológicas, enfim, histórias...

Um tempo bom!

Hora de relaxar


Sexta-feira de tarde não dá vontade de fazer nada... Principalmente quando a semana foi dura. O melhor é fazer planos para sair no Suvaco, mas há quem prefira o Nós que nos amamos tanto... É o Carnaval que chegou em Brasília. E não há como não aproveitar!


Ser amigo é...


A Amiga (Silvinha) me pediu pra escrever sobre amizade...

Andei trabalhando muito, sem tempo pra nada, mas o assunto ficou martelando na minha cabeça. Como escrever sobre amizade?

Aí fui me lembrando dos amigos... Dos que tive e a vida levou. Pensei naquelas amizades que duram anos, e em quem acompanha a nossa vida inteira.

Achar um amigo no meio da multidão é como encontrar um amor. A gente se identifica no primeiro olhar, na primeira conversa, na primeira gargalhada. Aí dá vontade de encontrar mais, conversar mais, dividir a vida.

A gente ri, chora, brinca, briga, ajuda, cresce e vai torcendo pela felicidade do amigo. Acompanha namoro, desilusão, casamento, profissão, filho, separação, choro, desespero, novo amor, neto, filho fora de hora... Qualquer aventura é bem vinda.

Amigo escuta, agüenta bebedeira, ajuda a levantar, dá esporro, enfia o amigo debaixo do chuveiro. Amigo fica com ódio de paixão pelo desamor do amigo, mas consola o mesmo desamor quando acha que ainda pode ajudar o amigo, elogia a bravura e coragem pelo fim do amor e comemora junto a esperança da volta. O importante é que o amigo fique bem.

Manter uma amizade não é tarefa fácil, mas é a parte mais gostosa. É lembrar do amigo e fazer com que ele tenha certeza de que nunca é esquecido. É deixar o namorado esperando para ajudar o amigo e não pensar muito na briga que virá.

É arranjar divertimento na fila quilométrica do banco para fazer companhia ao amigo que tem contas a pagar. É ser convidado para passar férias na casa do amigo, levar uma turma, e saber que tudo vai se arranjar.

É atender o telefone às duas da manhã e escutar o amigo até às 5. Depois levantar às 6, tomar banho e ir trabalhar. De cara boa e com o coração quente.

Amigo também briga, fica com ciúmes, discorda, mas depois faz as pazes, até porque sem o amigo brigar não tem mais graça...

Amigo some, passa meses sem dar notícias, depois volta como se nada tivesse acontecido. E não aconteceu mesmo, tudo continua do ponto que foi interrompido. Parece que foi ontem...

Amigo escuta a mesma história muitas vezes, tenta entender o drama de gente que não conhece, de assunto que não domina.

Na verdade, o importante é saber que o amigo está lá. Do outro lado da rua, a poucos metros ou a muitos quilômetros, a um toque de telefone, email, sinais de fumaça, qualquer chamada será sempre imperiosa.

Se o problema é dinheiro, amigo faz vaquinha; se é emprego, ‘passa óleo de peroba na cara’ e sai pedindo; se é doença, faz vigília, novena, passa a noite na internet pesquisando novos tratamentos; mas se é saudade, se faz presente e deixa a certeza que é e continuará sendo um grande e verdadeiro amigo.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Diminuindo preconceitos



A Globo é danada! A gente fala mal, tem restrições, mas, na minha opinião, eles bem sabem fazer uma campanha de conscientização...

Vi hoje, pela primeira vez, um capítulo inteiro da novela nova, Caminho das Índias, e pude entender que o tema da vez é o preconceito contra os portadores de doenças mentais. Será que está politicamente correto falar assim?

Acho que é uma área que já avançou muito, embora ainda tenha muito chão para percorrer. Se pensarmos que o Hiram Firmino descreveu os porões de Barbacena há menos de trinta anos, são anos-luz.

O contato mais estreito que eu tenho com a área é pela minha amiga Silvinha, psicóloga, gerente de um centro de convivência da região sul de Belo Horizonte. Antes de estar nessa função, ela trabalhou por anos a fio num centro de saúde instalado em uma favela também da zona sul de BH. Trabalho difícil.

Preconceito, eu? Não sei se isso é preconceito, mas eu não consigo me imaginar nessas funções. Sempre disse isso a ela; eu não saberia o que fazer, como me portar.

Assisti, na novela, a uma cena linda do Stênio Garcia, que interpreta um psiquiatra, conversando com um cliente dele, que toma remédios controlados e que teve um surto recente. O médico puxa as orelhas do rapaz por ele ter parado com os remédios e por isso, o surto.

O rapaz se explica, perdeu o emprego por preconceito e não entende porque as pessoas o temem.

A consulta tem o ar de corriqueira. Qualquer paciente de qualquer especialidade, que tenha uma doença que necessite acompanhamento, acaba desenvolvendo uma troca semelhante à mostrada na novela com o seu médico.

Mas qualquer doença de especialidade diversa é melhor aceita nos meios profissionais, sociais, familiares, com uma exceção aqui outra acolá...

Mas, em se tratando de doidos – aí fui imperdoavelmente incorreta – o buraco é mais em cima.

As pessoas têm medo de quem se expõe. É mais fácil tratar daquela ferida subcutânea (depois do acordo, tem hífen ou não?) do que conter a purulência...

Depois dessa novela, imagino que o tema seja visto com melhores olhos, como aqueles que passaram a ver os portadores de síndrome de down, os deficientes visuais, os dependentes químicos...

Pelo menos, quem nunca pensou sobre determinado assunto tem a oportunidade de se confrontar com realidades distintas. E, para falar a verdade, aos meus olhos de leiga, as abordagens da ‘Poderosa’ nesse tipo de campanha sempre me pareceram interessantes.

Por que não mergulhar no tema, conhecer as dificuldades de quem tem este tipo de problema e derrubar conceitos preconcebidos?