terça-feira, 28 de julho de 2009

Que saudades da Lua!


Nunca pensei que eu ia ter saudades da minha casa desarrumada, com as coisas fora do lugar, pia da cozinha cheia de louça suja e uma frigideira com resto de comida já dura esperando uma alma caridosa que a ponha de molho. O tapete do banheiro sempre enrolado em algum canto, um edredon jogado por cima do sofá no quarto de televisão, um ou dois chinelos esquecidos pelo caminho e um cheiro de família no ar.

Há dez longos dias a Lua viajou e eu estou que não me aguento de tanta saudade. Domingo passado, então, foi o pior dia. Domingo, normalmente, almoçamos juntas em algum lugar mais gostoso, falamos da vida, às vezes brigamos, às vezes vamos bater perna no shopping, mas é o nosso dia. Ai que saudade da minha filhota.

Ainda tenho mais uma longa semana pela frente para encontrar a casa arrumadinha, tudo nos seus respectivos lugares, como um cenário, conforme comentou certa vez meu amigo Eduardo Góes: "eu posso vir aqui a qualquer hora do dia, o cenário está sempre perfeito". Nesta época eu ainda não tinha filha e, ao longo dos anos, cheguei à conclusão que mais vale uma baguncinha na vida da gente...

Um comentário:

  1. Eu sempre costumo repetir uma frase mais ou menos assim: Amar é deixar o outro baguçar a vida da gente.
    Outra: Estar sozinho é voltar pra casa e encontrar tudo exatamente como deixamos.

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