sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Hora de relaxar 2


Dia desses achei na internet um joguinho de computador que conheci em Portugal, quando trabalhava na Revista Sábado, e tinha uma boa colega e amiga Célia Rosa. Ela é uma jornalista alentejana de ‘pêlo nas ventas’. Fazia uma entrevista com maestria tal que dava gosto acompanhar de orelhada, só para ouvir como ela ia apertando o entrevistado. No fim, contra a parede, a ele só restava confessar.

Célia é um pouco mais nova que eu, uns três ou quatro anos, não sei ao certo. Andávamos sempre juntas para almoçar, tomar café, fugir no meio da tarde. Não raro, o Alfredo (que depois se tornou meu marido) se juntava a nós, mas só depois de ter todas as tarefas bem adiantadas.

Trabalhávamos numa revista semanal e o dia de entrega era quarta. Quinta para coisas muitíssimo importantes e sexta só se o presidente caísse... Sexta era dia de ficar à toa. Tinha reunião de pauta na hora do almoço e depois todo mundo sumia...

Eu e a Celia batíamos perna em Lisboa, fazíamos comprinhas, enfim, uma farra. O Alfredo adiantava toda a pauta, escrevia o que sabia sobre o tema e ria de nós duas na quarta, quando ele já estava folgado e nós nos matando para fechar as matérias.

Aí, eu e a Célia descobrimos o PACMAN. Naquela época, ele era em preto e branco; nós trabalhávamos no computador com o DOS e não existia nada parecido com o Windows.

Eu e a Célia adorávamos o tal joguinho. Fazíamos vários campeonatos e deixávamos o serviço todo para a última hora, como sempre...

Pois bem, achei o tal joguinho lindinho, colorido, mas eu nem chego perto das estripulias que fazia naquele tempo.

Me deu saudade dos quatro anos que passei na Revista. Ali fiquei grávida, tive a Lua, separei do Fumaça, fui morar com o Alfredo. Ali me tornei especialista em Saúde; não havia escândalo em hospital que eu desse um furo. Um editor gostou das histórias de vida que eu contava e fiz uns trabalhos muito interessantes, acompanhando ciganos, pescadores artesanais, crianças com deficiências mentais e neurológicas, enfim, histórias...

Um tempo bom!

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