segunda-feira, 2 de março de 2009

Postiças? Nem pensar...


Eu roí minhas unhas por mais de 30 anos. Meus dedos eram quase deformados, com grandes “batatas” nas pontas por falta de unhas. Foi assim que meus amigos me conheceram em Portugal e também foi assim que se despediram de mim, em 1996.

Em 16 de setembro de 1997 minha mãe morreu, depois de sofrer um derrame e ficar cinco dias internada num hospital. Durante esses intermináveis cinco dias, eu roí o que ainda existia de unhas e também a pele em volta. A ansiedade e o medo tomavam conta de mim e eu nem percebia a automutilação.

No dia do velório de minha mãe, eu não conseguia segurar em nada tamanha a dor que sentia nos dedos. Naquele dia resolvi que não faria mais isso comigo.

Mais de onze anos depois, tenho as unhas reconstituídas, belas e fortes e foi exatamente a primeira coisa que meus amigos – as amigas, em particular – comentaram ao me ver em Lisboa. "Que unhas são essas? São postiças?"

2 comentários:

  1. Isso é que é uma mulher de fibra: não come unha e não fuma mais!
    Meu Deus, Amiga! Cada dia mais poderosa!
    Bjus,
    Amiga.

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  2. É por essas e outras que eu a admiro!
    Bjos

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