quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

A falta que ele me faz


Vinte e dois dias sem fumar... Já me disseram que enquanto a gente conta os dias, as horas e as muitas vontades superadas ainda não estamos livres do risco de uma recaída.

Acho que nunca estarei liberta. Em 2004, tomei a difícil decisão de abandonar o cigarro. Marquei data - 16 de setembro - aniversário de morte da minha mãe e véspera do meu próprio aniversário.

Fiquei dois anos sem fumar, mas quando acreditei que já podia dar uns traguinhos, voltei com força redobrada. Que saudades do meu bom e velho amigo...

Só que mais uma vez o cheiro me enjoa, a minha voz rouca me irrita e acho triste ter de ficar fora dos ambientes, de pé como um dois de paus, fumando sem qualquer prazer. O problema do vício é que ele acaba estragando o deleite que nos fez começar...

No momento, penso nele mais do que esqueço, mas sei que vai melhorar. Fico triste, dá vontade de chorar, mas sei que vai passar... Haja força de vontade!
Tudo é motivo para acender um cigarro. Alegria para comemorar, nervoso que precisa acalmar, gosto de café, beber com os amigos, sem esquecer daquele imprescindível depois do almoço...
Não tem preço, porém, voltar a sentir o cheiro das coisas, apurar o paladar, ter a pele viçosa de volta, o fôlego recobrado, a certeza que somos mais fortes do que ele. Mesmo sentindo essa imensa saudade, esse vazio no peito, essa falta que ele me faz.

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